Audiência Pública debate perigos do cigarro eletrônico
O consumo de cigarro tradicional está em queda livre no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Atualmente, 12,6% da população do país ainda é fumante; há 30 anos, esse percentual era de 34,8%. Na contramão dessa queda, entretanto, o consumo do cigarro eletrônico vem crescendo, principalmente entre os jovens. Para alertar sobre os perigos deste tipo de cigarro, especialmente para esse público-alvo, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Paraíba realizou audiência pública com especialistas no assunto.
Proposta pelo deputado estadual Taciano Diniz, a iniciativa contou com as presenças do presidente do CRM-PB, João Modesto; de Enedina Claudino, membro da diretoria da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; do diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro; Sebastião Costa, membro da Câmara de Pneumologia e presidente do Comitê de Tabagismo; da coordenadora de Doenças e Agravo não transmissível da Secretaria do Estado da Saúde, Gerlane Carvalho; da segunda vice-presidente do CRM-PB, Débora Cavalcanti; do presidente da Sociedade Paraibana de Pneumologia e Tisiologia, Alexandre Araruna; e do deputado Jeová Campos; além de representantes da Casa e da saúde do Estado.
De acordo com o pneumologista Sebastião Costa, é preciso investir em informação específica para os jovens, para que eles entendam os prejuízos que o cigarro eletrônico pode provocar à saúde. “Com investimentos de R$ 12 milhões de dólares, ficou muito fácil para a indústria tabageira chegar nesses jovens. Há uma facilidade de compra desses cigarros eletrônicos e isso é preocupante. Até por delivery se consegue adquirir. Então, precisamos colocar em prática alguns mecanismos que dificultem essa compra”, alertou.