ALPB debate violência obstétrica

A Comissão dos Direitos da Mulher, da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou audiência pública proposta pela deputada Cida Ramos, para discutir a violência obstétrica no estado da Paraíba. O evento aconteceu no plenário “Deputado José Mariz” e reuniu agentes públicos da área de saúde, representantes de entidades civis e parentes de vítimas da violência obstétrica do Estado.
A deputada Cida Ramos a violência obstrética está relacionada não apenas ao trabalho de profissionais de saúde, mas também a falhas estruturais de clínicas, hospitais e do sistema de saúde como um todo. “Os maus tratos podem incluir violência física ou psicológica, podendo fazer da experiência do parto um momento traumático para a mulher ou o bebê. E o Poder Legislativo tem uma grande responsabilidade nesse processo. Por isso estou incorporando, como deputada, esse papel, para que tenhamos compromisso com as mulheres da Paraíba. Para que nenhuma mulher seja morta no parto. A violência obstétrica, a mortalidade materna, é algo inadmissível no século XXI”, afirmou.
A secretária estadual da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, destacou a importância da discussão, como uma oportunidade dos agentes públicos dialogarem com a sociedade civil sobre um tema de fundamental importância. “Nós não podemos pensar no cuidado da garantia de uma maternidade saudável apenas na hora do parto. Acho que o desafio aqui é encontrarmos mecanismos, caminhos e pactuações que garantam todo o processo de gestação com o cuidado adequado, para que quando a mãe chegue ao momento do parto seja apenas um momento de alegria e não um momento de correria para tentar minimizar problemas, que porventura possa ter na relação à saúde dessa mãe, em relação à própria criança e ao sistema que está acompanhando essa mulher”, orientou.