Cotidiano

Prefeitura atendeu 57 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social

Sabendo da importância da proteção e cuidado quanto às pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social, a Prefeitura de Campina Grande não tem medido esforços para realizar atendimentos à este público, com o objetivo de garantir a cobertura dos direitos de cada pessoa, um trabalho que também se estende a cidadãos de outras localidades, que necessitem dos serviços. Essa é a rotina no Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua – Centro Pop, serviço prestado pela Secretaria de Assistência Social (Semas).

A Unidade se destaca por realizar atendimentos de assistência social, psicológico para pessoas que não têm moradia ou que se encontram em vulnerabilidade. Em 2022, quase 57 mil pessoas foram atendidas. Entre os principais números estão: alimentação (40.779), higienização (15.378) e primeiro acolhimento (452), fazendo com o que muitas delas tivessem acesso também a serviços de procedimentos jurídicos, como orientações sobre direitos e deveres, além da retirada de documentos como identidade, registro civil,  e encaminhamentos para serviços de saúde e auxílios governamentais.

Ao procurar o serviço, o usuário faz um cadastro, sendo feito um prontuário. Em seguida, é realizada uma escuta para saber se a pessoa está em situação vulnerável, ou seja, tem moradia mas está sem alimentos, precisa de medicamentos, etc ou está em situação de rua, de modo a distinguir a sequência de atendimentos.

As pessoas que passam a ter cadastro ativo no local são as que não têm moradia, enquanto as em situação de vulnerabilidade são encaminhadas para outros serviços como ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e outros, a depender do caso. Pessoas de outros municípios ainda são auxiliadas para retornarem às suas cidades de origem, se necessário.

Os atendimentos técnicos do local funcionam no período diurno, de 8h às 18h (domingo a domingo), com atendimentos psíquicos, de higienização e alimentação para os usuários, além de assistência de enfermagem duas vezes na semana, em articulação com o Consultório na Rua, projeto da Secretaria de Saúde, que atua de forma intersetorial.

Das 18h às 21h (segunda à sábado), também há equipes de abordagem noturna, para identificar situações e demandas neste período. Muitos casos são encaminhados para Unidade de Acolhimento Irmã Zuleide Porto, onde há dormitórios. No dia a dia, o Centro também realiza rodas de conversas e seminários, a fim de tratar sobre temáticas educacionais, de saúde física e mental.

Um dos usuários que frequenta o espaço há cerca de um ano, C.A.D, 37 anos, afirmou que esse atendimento é essencial para ele. “O Centro POP nos dá muita força moral, porque muitas vezes a gente é abandonado pelas nossas famílias por nossas falhas, nossos vícios, e aqui, nós só temos a agradecer a todos que nos ajudam. Se não fosse esse serviço, na vida de quem mora nas ruas, seria muito mais difícil”, disse o usuário.

’Esse público está em uma vida muito desacreditada, com falta de confiança. E o desafio é esse, fazer com que eles confiem em nosso trabalho. Mas hoje já conseguimos criar um vínculo profissional de forma mais fácil, tanto, que já conseguimos diversos resultados de pessoas que vieram pedir para se desvincular daqui, pois já haviam conseguido alugar uma casa e seguir em frente, ou seja, tocar a vida de forma mais digna, após os nossos encaminhamentos’, concluiu Mônica Loureiro, coordenadora do Centro Pop.

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