Questão central é criar emprego e renda, diz Alckmin
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou que é questão central para o governo a criação de emprego e renda, e que isso passa por apoiar o crescimento das micro e pequenas empresas. Alckmin participou nesta terça-feira (9/7) da abertura da 3ª edição do programa Transformar Juntos, realizado pelo Sebrae,
A uma plateia de gestores públicos, lideranças locais e agentes de desenvolvimento em busca de compartilhar boas experiências para melhorar a gestão nas cidades, o ministro listou uma série de oportunidades para avançar na criação de mais emprego e mais renda no país.
“O Transformar Juntos é uma boa parceria com os municípios, procurando incentivar emprego e renda na ponta, no território, nos municípios. Isso passa por compras governamentais, passa por crédito, passa por treinamento, passa por exportação, passa por competitividade. Unindo esforços, transformar juntos para a geração de emprego e de renda”, afirmou.
Ele defendeu que os pequenos negócios busquem o cooperativismo e o associativismo para se fortalecerem. “Eles passam a ter escala, compra melhor, vende melhor, agrega valor. E o Sebrae é fundamental porque tem a expertise para ajudar a economia crescer.”
Alckmin também destacou programas federais que contribuem para este objetivo. Entre eles, ressaltou o Desenrola Pequenos Negócios, um dos eixos do programa Acredita, que já renegociou R$ 2,5 bilhões em dívidas, beneficiando 42 mil empresas.
Também pontuou iniciativas dentro da Nova Indústria Brasil, como a oferta de crédito mais baixo para projetos de inovação; o programa Brasil Mais Produtivo, para apoiar a transformação digital de micro e pequenas empresas; o investimento em descarbonização, que envolve, por exemplo, a ampliação da produção de biocombustíveis, que deve alavancar muitas pequenas atividades de agricultura; e a ampliação das exportações, com diversas ações desenvolvidas pela ApexBrasil para estimular pequenas empresas a conquistarem mercado internacional.
O ministro também destacou o aumento do turismo no Brasil. Em quatro meses, o país já recebeu metade do número de turistas que vieram ao Brasil em todo o ano passado. “Isso é emprego na veia”, disse.
Mercosul
Alckmin lembrou da importância do fortalecimento do comércio regional ao citar a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Cúpula do Mercosul, no Paraguai, e para a Bolívia, que ingressou oficialmente no bloco regional nesta segunda-feira (8). “Precisamos fortalecer a democracia e fortalecer o bloco econômico e o comércio regional, que tem muitas oportunidades para a gente poder avançar na criação de emprego e renda.”
Ao defender que o comércio é majoritariamente intrarregional, o ministro citou por exemplo que 60% do comércio da União Europeia ocorre entre os países membros do bloco; entre Canadá, Estados Unidos e México, o percentual é de 50%; na Asean, é ainda maior: 70%, enquanto na América Latina, esse percentual não ultrapassa 26%. “Nós temos uma avenida aí para poder crescer.”
Alckmin negou que eventuais turbulências políticas com a Argentina possam afetar o comércio entre os países. “Não afeta. São relações de Estado. O mau gosto do [Javier] Milei é assunto dele. Agora, o nosso tema é fortalecer as relações de Estado.”