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Médicos e deputados defendem volta imediata às aulas presenciais

Líder do governo na Câmara defende retorno à “normalidade”, para que “imunidade de rebanho” à Covid-19 seja adquirida; médico questiona uso do termo imunidade de rebanho, mas defende flexibilização responsável.

Médicos ouvidos pela Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, na quarta-feira (28), defenderam a volta imediata às aulas presenciais no Brasil. Não participaram do debate especialistas ou parlamentares com opinião divergente.

Líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que pediu a reunião, defende o retorno “à normalidade” no Brasil, com “isolamento vertical”, ou seja, com cuidados especiais só para idosos e imunodeprimidos. “Dessa forma adquiriríamos imunidade de rebanho, encerraríamos a pandemia e faríamos um plano de retorno à economia sustentável a médio e longo prazo”, afirmou. Segundo ele, o Brasil já estruturou o sistema de saúde, e o número de óbitos vem caindo.

Imunidade de rebanho
Médico na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe se mostrou preocupado com o uso do termo imunidade de rebanho –  conceito usado por infectologistas para definir o percentual da população que teve contato com o vírus e desenvolveu imunidade à doença e, dessa forma, protegeria o restante da população.

Ele disse que não há como medir esse percentual e ressaltou que especialistas divergem sobre qual percentual deveria ser atingido para proteger o restante da população, com variações entre 20% e 80% da população.

“Por isso, a discussão que tem que ser feita é a da flexibilização responsável”, opinou. Isso significa, conforme ele, expor primeiro as pessoas de menor risco. “Temos que retomar a economia e discutir a volta responsável às aulas”, continuou. O médico ressaltou o baixo risco de adoecimento e complicações em crianças por Covid-19.

Saúde mental
Presidente da comissão, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ) também defende a retomada com segurança das aulas, especialmente por conta do abalo psicológico das crianças e adolescentes e a falta da alimentação escolar. Ele salientou que nenhum país fechou as escolas por tanto tempo como o Brasil.

A relatora do colegiado, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), também acredita que é preciso estruturar as escolas para que o retorno às aulas seja feito com segurança.

Agência Câmara de Notícias

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